domingo, 12 de fevereiro de 2012

REVISÃO DO ACORDO BRASILXMÉXICO PARA VEÍCULOS AUTOMOTIVOS

Li algo interessante no blog do Brizola Neto (O TIjolaço). Pareceu-me estranho que o Brasil de repente resolveu rever o acordo com o México sobre importação de veículos e peças com isenção fiscal. Segundo a grande imprensa o motivo foi porque o acordo era altamente desfavorável ao Brasil. O estranho é que o governo do México aceitou prontamente as reivindicações brasileiras. Dizer que o acordo era “amplamente desfavorável ao Brasil” demonstra incompetência técnica, pois antes de ser assinado um acordo deste tipo é feito uma série de simulações de mercado de forma a não ocorrer grandes distorções, mesmo com mudanças na conjuntura internacional. E um setor causar desequilíbrio na balança comercial durante um determinado período não é motivo para revisão de um acordo. Porque o México aceitou sem reclamar a revisão do acordo? Isto nos parece muito estranho!

A linguagem escrita não possui a lógica da matemática. Um texto leva a diversas interpretações. O acordo falava de isenção fiscal de peças automotivas exportadas pelo México ao Brasil. O México pertence a NAFTA (acordo de livre comercio que reúnem EUA, Canadá e México), e por este acordo o País Latino importava peças automotivas com isenção fiscal, que eram enviadas ao Brasil, sem nenhuma tributação. Estima-se que apenas 20% das peças eram fabricadas no México, o resto vinha dos Estados Unidos. O México não ganhava nada e ainda havia a ação de um forte concorrente e o Brasil deixava de taxar sobre produtos Norte-Americanos.

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