quarta-feira, 13 de setembro de 2006

EXERCÍTOS PRIVADOS

Não sei a quantas anda o déficit público Norte-americano. Sei que são vários trilhões de dólares. Não muito menor que o próprio PIB da grande potência hegemônica mundial. Esta dívida é impagável! Do ponto de vista econômico-financeiro o Estado Americano está bastante frágil. Assim como os outros Estados “livres e democráticos” pelo mundo afora. Daí a necessidade da globalização. Daí a tese do “Estado Mínimo”. Nada mais no mundo está totalmente sob o controle dos Estados. NEM AS FORÇAS ARMADAS! É claro que com uma dívida destas o Governo Americano faz tudo que os credores querem sem dar nenhum pio. Mas não é disto que eu estou falando. ESTOU FALANDO DE EXÉRCITOS PRIVADOS MESMO. Exércitos não oficiais há muito já existe nas lutas de libertação nacional, como as que promoveram a independência de quase todos os países da África. Hoje existe em todas as partes do mundo, freqüentemente mais poderosos que os exércitos nacionais. Alguns são chamados de guerrilheiros, outros de terroristas, estes se escondem atrás de ideologias. Mas ultimamente, tem aparecido exércitos sem causas ou doutrinas aparente: O CRIME ORGANIZADO. Forças deste tipo não é privilégio do Brasil, mas é uma guerra que temos que enfrentar. O político que diz que vai combater a violência no Brasil, está mentindo. Nem Governo do Rio, nem de São Paulo, nem o Governo Federal tem condições de vencer esta guerra. O trafico de drogas e armas podem ferir muitos preceitos, mas não as leis do capitalismo: livre iniciativa privada. É uma atividade altamente lucrativa. Tem um bom mercado, uma boa estratégia de marketing (dando a população carente aquilo que o poder público falido não pode dar). Tudo isto é parte inerente do Capitalismo. No dia em que se negar o capitalismo no mundo. A “livre iniciativa privada” deixará de existir, assim como estado, fronteiras e... exércitos, o crime organizado, automaticamente, deixará de existir. Mas temos como resistir: Primeiramente temos que aceitar que vivemos em uma guerra não declarada. Depois temos que investir no luta ideológica (que é uma forma de fazer guerra, como outra qualquer), para reduzir o consumo de mercadoria e, conseqüentemente o lucro. Um Slogan do tipo “ESTAMOS EM GUERRA! DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ?" Pode fazer muito jovem parar para refletir. Mas aí temos que pensar se a polarização seria uma boa estratégia. Contra o CRIME ORGANIZADO nada melhor que a SOCIEDADE ORGANIZADA. Mas aí a burguesia vai vacilar... Ela tem mais medo de nós do que dos traficantes