sábado, 31 de março de 2012

PENA DE MORTE? SOU CONTRA!

                 O maior patrimônio de Bill Gates, de longe, não é Microsoft! É algo que ele não vende nem por todo produto mundial bruto desde o primórdio da humanidade! Tenho colocado alguns temas para reflexão. Porém desta vez serei partidário: Sou contra a pena de morte. A vida é o maior bem de um ser humano, e sem ela todos os outros bens deixam de ter sentido.
                Não existe nenhuma justificativa para este tipo de pena, que no fundo é um assassinato amparado pela lei. Se for para banir do mundo o autor de um ato hediondo, eu acho que a vingança e o ódio não são sentimentos nobres e, portanto, não deve fazer parte da política de estado, quando este se diz democrático. Se é para se livrar de alguém que ainda pode fazer muito mal para outras pessoas, eu pergunto: a privação da liberdade e o isolamento não são suficientes?
                A justiça dos homens ainda tem alguns vícios. Por exemplo: um homem rico tem condições de pagar um bom advogado. Quem é muito pobre recorre à defensoria pública. Imputar um crime hediondo praticado por uma pessoa abastada, a um pobre, negro, vestido de trapos, com a barba descuidada e muito fácil! Se for usada do velho, mas eficiente, expediente da corrupção, então... Aparece até assinatura (falsa) de confissão e, quem sabe, até vídeos mostrando o momento do crime, que apesar de ser pura e grosseira montagem, é homologado por um perito criminal de renome, como legítimo.
                Para um país como o Brasil a gente até entendo, mas o sistema prisional não se coaduna com países altamente desenvolvidos. Na realidade o que deveria existir eram uma espécie de “colégio interno para adultos”, cujo período do curso correspondesse ao tamanho da pena. Caso fossem necessários trinta anos para transformar um criminoso em um cidadão pacato, seria gasto este tempo. Aprender uma profissão e exercer trabalho remunerado, também é uma forma de educação. Alguns países já utilizam esta mão de obra. Todo preso deveria ser avaliado; Pelos carcereiros e pelos educadores, que deveriam ter formação para trabalhar com presidiários.
                Um “serial killer”, no fundo um psicopata pode ser recuperado. É sabido que um psicopata, embora consciente de suas ações, possui, em maior ou menor grau, um distúrbio de ordem emocional, que faz com que ele não tenha um sentimento de culpa ou remorso pelos crimes cometidos. Porém existem muitos psicopatas que passam pela vida sem cometer faltas graves. Isto por que sua parte racional é perfeita e sabe que o que é conveniente e o que não é conveniente para ser aceito pelas outras pessoas. Quanto à compulsão por “estuprar e matar”, basta um acompanhamento médico permanente. Durante toda vida terá que tomar medicamentos que o afastem de pensamentos que o levem a reincidência.
                O pior crime não é aquele cometido por um “serial killer”. Alguns dos chamados “crimes do colarinho branco”, são mais hediondos: trata-se de pessoas com alta formação e deveriam ter consciência de que o desvio de verbas públicas pode levar a morte milhares de enfermos em hospitais públicos por falta de medicamento. Estes bandidos são responsáveis pela morte de milhões de crianças, em regiões pobres, vítimas de diarréia, por falta de saneamento básico. E até mortes em acidentes de trânsito, devido à falta de manutenção das estradas.
                A legislação brasileira com relação à pena de morte é perfeita! Ao contrário do nosso visinho do Norte, vivemos em uma democracia! Basta apenas acabar com a impunidade. (Parece que caímos no outro extremo!)

sexta-feira, 30 de março de 2012

BUDA E O CAPITALISMO

            “Quem tem cem desejos tem cem mortificações...
            Quem tem noventa e nove desejos tem noventa e nove mortificações...
            Quem tem noventa e oito desejos tem noventa e oito mortificações...
            Quem tem noventa e sete desejos tem noventa e sete mortificações...
            .................................................................................................................
            Quem tem um desejo tem apenas mortificação...
            Quem não tem desejos não tem mortificações!...”
            Como alguns de vocês já perceberam a citação acima é um “mantra”, tipo de oração budista. Segundo esta religião, seita ou filosofia oriental (cada um trata de uma forma, segundo sua visão hermenêutica) no desejo (ou ambição) está a origem de todas as mortificações (sofrimento) humana. Quem não tem ambição, não sofre, nem se estressa, nem se sente humilhada nem diminuída. Dá graças a Deus pelo pão de cada dia e pelo teto que o cobre. Viver um dia depois do outro é única razão para ser feliz!
            Nem tanto o céu, nem tanto a terra!... Nós precisamos nascer quando estamos no útero de nossas mães. Nós precisamos crescer quando somos crianças. Nós precisamos nos preparar para vida! Para grande o combate da seleção natural e pela integração no meio social. Não basta ser “alfa”, tem que galgar um pouco mais para atingir o nível “alfa plus”! Na realidade em momento algum da história da humanidade viveu-se sem ambições. Nem nos monastérios, onde sempre existe uma competição interna.
            Porém, em verdade, o mantra não chega a ser falso! Qualquer ambição corresponde a uma quantidade de aflições e sofrimentos. Mas existe o momento eufórico da conquista! Como em um efêmero orgasmo, atinge-se píncaros da glória em um lapso de tempo infinitesimal. É a compensação!...
            Mas no sistema capitalista do século XXI, o consumismo tornou-se uma razão de ser. Através de procedimentos de torturas chamados “marketing”, faz as pessoas desejarem miríades de bens, que às vezes nem necessitam. A cada aquisição, o prazer da conquista é ofuscado por outro desejo de consumo. Por fim chega-se a uma total frigidez, como se “ter” fossa natural e não ter uma forte ameaça contra a própria vida. Consumir torna-se uma necessidade como comer, dormir, etc. A partir daí a vida é apenas desejos e mortificações!...



quinta-feira, 29 de março de 2012

UM INOCENTE PEDÓFILO!

       Até o final do século passado era comum nos comerciais na televisão com meninas (e meninos) com até uns três ou quatro anos nuas. Nos quadros de famosos autores renascentistas, é freqüente a presença de cenas com crianças nuas. Isto porque a mudez infantil era considerada símbolo de pureza.
Hoje devido algumas mudança em nossa cultura, aliada a cenas eróticas na TV, compensada com educação sexual nas escolas, qualquer criança de cinco anos sabe como foi gerada. Atualmente, talvez, o crime de pedofilia se justifique mais pela falta de juízo e imaturidade sexual das crianças do que pela inocência em si. Justifica-se também devido ao maior poder de persuasão do adulto sobre a curiosidade e alguns aspectos da própria sexualidade infantil.
            Esta semana o STF absolveu um homem que havia abusado sexualmente de algumas (no plural) meninas de doze anos. As garotas eram prostitutas, ou seja, alugavam seus corpos para obter dinheiro. A absolvição se deu porque já existe jurisprudência sobre o caso. A corte apenas disse que a sua conduta foi “imoral e reprovável”, porém as meninas “estavam longe de serem inocentes, ingênuas, inconscientes e desinformadas a respeito do sexo”.
            Tenho colocado alguns temas polêmicos como aborto, eutanásia e agora pedofilia, não para defender este ou aquele ponto de vista, pois acho que este blog não é o fórum ideal para este tipo de polêmica. Mas a minha idéia é fazer as pessoas refletirem sobre alguns aspectos éticos e morais no início do século vinte e um.
            Existe todo tipo problemas psicológicos que induzem a desvio de conduta (cleptomania, por exemplo) neste mundo. Há vinte anos o homossexualismo era considerado uma aberração sexual. Alguns homens (já li sobre isso) amam verdadeiramente crianças e seria incapaz de fazer mal a elas, porém este amor que deveria ser fraternal, no máximo paternal, por algum desvio psicológico transforma-se em “amor conjugal”. Estes pedófilos, como o nome diz, amam as crianças. Não tem intenção de magoá-las. Para ele suas bolinações é uma forma de fazer carinho. As crianças, muitas vezes, até gostam deles!
Nem todos os pedófilos amam as crianças. Alguns abusam de crianças, porque sente a necessidade de “experimentar sensações novas”. Estes podem costumam machucar fisicamente as crianças. Acredito que este seja o caso mais comum dentro de famílias, onde pai ou tio abusam de suas filhas e sobrinhas. É o caso de um alcoólatra, que é rejeitado pela própria esposa e não é aceito nem pelas prostitutas, na rua. Porque não subjugar sua própria filha pré-adolescente? Há aqueles que além de violentar, assassinam as crianças para não testemunhar o fato. Porém este já é um caso extremo.
Por mais bárbaro que pareça um homem que teve relações com várias meninas de doze anos foi inocentado. Talvez seja mais bárbaro uma criança ter que vender seu corpo para obter seu pão. Para as meninas aquele foi mais um homem, que não lhe causou nem mais nem menos trauma psicológico ou dor física, que outros tantos homens que a procuraram.
Ainda bem que eu não sou juiz!!!!

quarta-feira, 28 de março de 2012

VOU ADOTAR UM RAPAZ DE 24 ANOS!

                 Um velho de sessenta anos adotar um rapaz de vinte e quatro anos parece coisa de boiola. Mas não é isso. Na realidade vou adotar como filho.
                Tudo começou na cidadezinha goiana de São João D’Aliança. Havia um concurso público para uma função administrativa no Escritório da Emater-GO. Chegou uma menina acompanhada de uma criança de dois anos e dois meses. Era a Márcia com seu sobrinho Lucas. Para não atrapalhar o processo de inscrição, brinquei com ele depois “ensinei-o a bater à máquina”. Ele adorou o brinquedo. Conheci meu futuro filho antes de conhecer minha ex-esposa.
                Um mês depois, numa festa da escola estadual local, fui interpelado por uma professorinha: “Você é o Carlos da Emater? Meu filho de dois anos fala muito em você!” Ali mesmo fizemos amizade. Alguns meses depois a mãe do Lucas estava indecisa entre dois pretendentes. O seu filho Lucas de dois anos escolheu para ela. O garoto me adorava, e eu emocionado, gentilmente correspondia. Como tratar mal uma criança que te adora?
                No dia do casamento o garoto passou a me chamar de pai. Mas devido as procrastinações da vida, somente agora entrei com um processo de adoção. O julgamento será hoje,  vinte e oito de março de dois mil e dez. Se tudo der certo, ganharei um novo filho. E dentro de alguns dias a primeira netinha, pois a esposa de Lucas está grávida de nove meses!

segunda-feira, 26 de março de 2012

A ONÇA E O RATO


À primeira vista o que se vê é o abuso do rato. Como um miserável roedor tem a petulância de furtar um pedaço de carne de uma avantajada onça? Mas olhando bem, podemos observar que o felino é domesticado. Em seus olhos não se vê o orgulho e a altivez de ser um exemplar de Panthera onca, o maior felino das Américas. O maior predador do Brasil! Vê-se um animal resignado, quem sabe sofrendo de baixa auto-estima. Porém é um animal bem tratado. Comida não lhe falta. Seu pelo lustroso denuncia que não passa fome.
Ao ser tirado de seu habitat, quem sabe ainda bebê, condenou-se a fazer o papel de um gatinho, embora de grandes dimensões. Objeto de visitação pública. Nada daquele animal selvagem que todos temem, que quando ele mia, até as árvores se encolhem de terror. Não vive como o rei de um pedaço de dezenas de hectares da floresta, só permitindo a entrada de fêmeas, mesmo assim se ela estiver no cio.
O rato é um animal livre, se esconde em cada buraco fugindo dos predadores, mas é um animal livre. E agora nada teme, pois tem uma onça como companheira. Uma onça com a auto-estima tão baixa que se iguala a um rato. Mas mesmo assim uma onça!

"ADMIRÁVEL MUNDO NOVO"


           Para garantir a sustentabilidade no mundo precisamos de três coisas. A primeira é a inclusão social de todas as pessoas e povos que desejem ser incluídas. Quando falo em inclusão social, digo as mínimas condições de moradia digna, boa condições de higiene, alimentação não só baseadas em caloria, mas sem deficiência de vitaminas. Acesso à saúde (preventiva e curativa) e a educação ( não só somar e escreve, mas ter um conhecimento sobre o mundo)
            O segundo seria disponibilidade de energia renovável. Parece que a energia oriunda do sol, como hidrelétricas, energia eólica, bicombustíveis, etc, já possui suas limitações espaciais. Talvez, no futuro tenhamos que utilizar mais energia geotérmica (em tese, em qualquer lugar do mundo, se fizemos dois buracos próximos um do outro, que se encontrem a dez mil metros, será possível obter energia geotérmica. Basta injetar água sob forte pressão em um dos buracos e ela voltará, em forma de vapor, o suficiente para rodar uma turbina ligada a um gerador. Hoje se testa produzir energia geotérmica através de gêiseres ou nas proximidades de vulcões. Mas a solução definitiva será possível apenas quando dominarmos a tecnologia da fusão nuclear. Será possível obter uma quantidade ilimitada de energia transformando hidrogênio em hélio, com baixo nível de radioatividade.
            O terceiro seria alimentos para todos. No momento se forem colocadas todas as tecnologias disponíveis para a produção de grãos, hortaliças, oleaginosas, fibras, etc., seria possível abastecer toda a população do mundo e sobraria uma boa reserva para o futuro. O mesmo se dá para a produção de gado, aves e outros animais. A produção agropecuária depende totalmente da energia solar Porém, como a energia solar é limitada, talvez, após o domínio da fusão nuclear, o custo da energia seja tão barata, que seja possível produzir monossacarídeos e aminoácidos de forma sintética, transformando-os em açucares, amido, proteínas e vitaminas. É evidente que parte de nossa alimentação será natural (ou, quem sabe híbrida: pode-se fornecer a maioria das substâncias e fito-hormônio para que as plantas possam viver e frutificar quase sem luz. Desta forma poder-se-ia produzir verticalmente, em grandes paredões. A produção de carne poderia ser em meio de cultura).
            Uma simples sala poderia se transformar em um universo virtual, tridimensional, com alta resolução. Inclusive interagindo com outras pessoas que estão em outra sala, em qualquer lugar do mundo. As pessoas não precisarão de espaço físico para viver, a não ser para se exercitar. No mais, elas viverão no ciberespaço!
            O mundo será formado por 95% de vegetações nativas e recuperadas. Praticamente livre da presença humana! 5% seriam enormes megalópoles, com edifícios de duzentos a trezentos andares, totalmente automatizadas. Tudo será feito por robôs, “nossos escravos”. Os homens cuidarão da arte, do esporte e do conhecimento. Continuarão fazendo festas, bailes, e, muito importante: jamais deixarão de fazer sexo!!!

domingo, 25 de março de 2012

PIADINHA DE CASAL


Como hoje passei a  manhã tentando enviar uma declaração retificadora do Imposto de renda de 2011, e, finalmente consegui às três e meia, nada como contar uma piadinha apara esfriar a cabeça.
Um casal estava discutindo fazia duas horas. Não era uma discussão, era um monólogo, pois só ela falava. Quando ele finalmente ele conseguiu falar, apenas disse olhando pela janela.
- É!... Capaz de hoje fazer um belo dia!...
Depois de cinco minutos de mais espinafração, ela parou e perguntou.
- Eu estou há duas horas falando com você, e você olhando para o tempo. Porque um belo dia.
- É por que você sempre fala que UM BELO DIA você abandona esta casa!...


Traduzido e adaptado por CDI.

sábado, 24 de março de 2012

SOBRE EUTANÁSIA. O QUE PENSAR?

Se da última vez escrevi sobre aborto, hoje é o dia da eutanásia. Sinceramente, eu acho que morreria se na hora “H” me tirassem os tubos! Humor negro à parte uma forte dor ou um grande sofrimento nos leva a pedir a morte. Lembro-me que, uma vez, eu estava em uma estação de metrô em Moscou, quando fui acometido por uma forte cólica. Senti o ímpeto de me atirar debaixo do trem que já vinha vindo. Depois em um relance percebi que era mais vantagem “fazer nas calças”. Por sorte havia um banheiro público próximo à estação onde pude me aliviar.
Eu acredito que o estado psicológico de uma pessoa pode mudar a cada momento. Uma pessoa que não esteja sob um sofrimento físico intenso por todo o tempo, não pense em morrer todo o tempo. Se uma pessoa não estiver sofrendo com dores muito fortes e não se sentir asfixiada, não há motivos para se desejar a morte. Como morfina e anestésicos controlam dores muito intensas e oxigênio, em alta concentração, diminui a sensação de asfixia (se oxigênio não resolver o paciente terá morte cerebral!). Pessoas que não consegue interagir com o mundo, mas pode percebê-lo, caso receba ajuda de psicólogos, poderia mudar de idéia sobre seu desejo de morrer, já que querer morrer é fruto de um estado depressivo devido à impotência perante o mundo. Restam, então, os casos de pacientes que estão em coma profundo, com fortes e irreversíveis lesões cerebrais, que os tiraram de sua forma consciente.  Será que eles sonham? Será que estas pessoas deixam de viver uma vida real para viver em um mundo virtual?
Não estou, aqui nesta postagem, me colocar contra a eutanásia, mas acho que precisamos avançar do ponto de vista técnico-científico para que um médico tenha condições reais de avaliar se deve ou não deve abreviar a vida de um paciente em sofrimento. Por este motivo nos países onde o aborto é permitido, mesmo nos países desenvolvidos, a eutanásia é, normalmente, considerada crime.
Outra situação é quando um paciente não tem mais condições de viver de forma natural, e nem haja esperança de que isto aconteça. Não sou médico, não sou jurista e nem parlamentar para ser obrigado a emitir opinião se a retirada dos tubos se constitui eutanásia ou não.

quinta-feira, 22 de março de 2012

OPINIÃO SOBRE ABORTO


         Há algumas postagens atrás eu estava escrevendo sobre a gafe da mídia brasileira sobre o número de mulheres que morrem em virtude de aborto clandestino no país. Sobre a questão do aborto no Brasil me reservo o direito de ficar “em cima do muro”: não sou juiz nem parlamentar para julgar e legislar. Uma coisa importante é que juridicamente a opinião da Igreja Católica ou qualquer outra instituição religiosa não pode ser levada em consideração, pois o Estado é laico. Acho que a melhor avaliação sobre o tema seria a conveniência da sociedade:
Contra o aborto temos o fato de, hoje em dia haver uma tendência de não provocar mortes em animais (com isto saindo do dilema ser um feto consciente ou não), em particular os vertebrados, a não ser para alimentação. Matar qualquer animal, é, hoje em dia,  considerado crime.
A favor existe o fato de que, modernamente, é natural a mulher ter relações sexuais sem serem casadas e, também, pelo fato das meninas terem suas primeiras relações sexuais cada vez mais cedo, o que aumenta o risco de gravidez indesejada. O aborto existe. As clínicas são ocultadas apenas o suficiente para não impedir que sejam encontradas por qualquer mulher que precise do serviço. O grande problema é que centenas de milhares de meninas e mulheres pobres acabem sendo internadas em hospitais públicos, vítimas de “fazedores de anjos”, sem a menor qualificação para realizar um aborto. Muitas mulheres acabam morrendo.
Aprovar uma lei de aborto que inclua gravidez indesejada talvez seja conveniente para a sociedade brasileira. Quem segue uma religião basta não recorrer a este procedimento. Mas isso é com os legisladores e juízes.

terça-feira, 20 de março de 2012

O GATO E O RATO




O GATO FAREJOU O RATO



O GATO MORDEU O RATO


O GATO TEVE UM MAL SÚBITO

O GATO VEIO A ÓBITO


CONCLUSÃO: ALIMENTO SINTÉTICO PODE FAZER MAL À SAÚDE

segunda-feira, 19 de março de 2012

PIADA DE AGÔNOMO

          Quado eu escrevi no blog que o agrônomo se mete em todas as áreas do conhecimento, me lembrei de uma piada:
          "Numa seção extraordinária na ONU, o secretário geral (o Coreano) abriu a pauta dizendo:
         - O primeiro ponto é o problema da fome no mundo. Existe fome na África, Ásia, América latina e até mesmo na Europa e América do Norte. Precisamos de um plano para erradicar a fome no mundo. Alguém tem uma sugestão?
          Foi um silêncio geral. Até que alguém levantou o braço.
         - Pode falar! Disse o coreano. Mas primeiro se identifique.
        - Eu sou o agrônomo. Posso garantir que existe tecnologia suficiente para erradicar a fome no mundo. Basta colocar em prática. Aumentando aprodutividade dos produtos agropecuária não só é possível erradicar a fome, como podemor ter uma reserva de alimentos para emergência.
          O Secretário Geral tomou a palavra:
          - Agora o segundo ítem da pauta: Como manter o nível de crescimento no consumo de combustíveis e e diminuir a emissão de gases de efeito estufa.
De novo aquele silêncio geral no plenário. O agrônomo voltou a levantar a mão.
          - É possível resolver este problema com a produção de biocombustíveis. Pode-se produzir alcool para substituir a gasolina a partir de diversas partes vegetais cultivadas como cana de açucar e milho. Através de óleos vegetais pode-se produzir biodiesel para veículos pesados.
          O secretário já estava meio irritado e passou para o terceiro ponto da pauta.
          - É sobre a copa no Brasil. Sr. agrônomo! Existe alguma forma de fazer a FIFA e o Governo Brasileiro se entenderem?
         - Ah! Isso eu não posso resolver! Eu sou apenas um humilde agrônomo."

O SEGREDO DE CUBA

            Nem todos sabem, mas existe a União Internacional dos Estudantes, onde, eu acredito que a UNE seja filiada. Existem outras instituições internacionais de jovens. Após o término da segunda guerra mundial, jovens do mundo inteiro fizeram um festival em Berlim em favor da paz. A maioria das pessoas que morrem nas guerras são os jovens. Geralmente são soldados com pouca qualificação militar. Os oficiais, mais velhos, ficam na retaguarda! O sucesso do festival foi tão grande que resolveram a cada cinco anos promover um novo “Festival Internacional da Juventude e dos Estudantes”, promovido pela União Internacional dos Estudantes e outras instituições, cada vez em um país diferente.
            Em 1988 eu fiz parte da delegação brasileira no 11º Festival da Juventude e dos Estudantes, em Havana, Cuba. Fui escolhido porque era difícil trazer delegados da UNE do Brasil, por causa da ditadura militar. No momento eu fazia parte da diretoria da União de Estudantes Brasileiros na URSS.
            Como membro da delegação brasileira, eu tive a oportunidade de conhecer de perto um “comitê de defesa da revolução”, algo que os turistas, normalmente, não têm acesso. Existe um comitê em cada bairro, em cada vila, em cada comunidade. Funciona como uma associação de moradores: fazem reivindicações às autoridades locais, promovem festas folclóricas (com muita rumba!), etc. Mas o mais importante é que em poder dos comitês de defesa da revolução existe um pequeno arsenal em armas. A cada seis meses os moradores do bairro fazem um treinamento com armas.
            Daí pode-se tirar duas conclusões: a primeira explica porque os americanos nunca invadiram Cuba. Com a população armada, tomar a ilha é fácil, mas mantê-la seria bem difícil. A segunda é que a população sempre foi amplamente favorável à administração de Fidel Castro, e atualmente a Raul Castro. Se fosse ao contrário, a própria população armada se encarregaria de colocá-los fora do poder.
            Existe muita coisa sobre Cuba que nós não conhecemos, e nossa mídia, para piorar, está a serviço da desinformação: Porque o presidente de um país mais rico que Cuba procura a cura de seu câncer naquela ilha? Porque não no Brasil, país mais desenvolvido? Nossa legislação garante o direito de sigilo médico sobre a enfermidade do paciente. Qualquer soropositivo para AIDS sabe disso.

domingo, 18 de março de 2012

SOMOS POUCO PRODUTIVOS

             Outra vez vou falar sobre um tem que eu não entendo muito bem. Apenas dou meus palpites. Economia. Hoje lendo os jornais fiquei sabendo que o Brasil se encontra em antepenúltimo lugar em produtividade do trabalho.
               Esta informação é interessante, mas não deve ser colocado em termos sensacionalista. Primeiro porque não se pode colocar a responsabilidade neste ou naquele governo. Vem sendo um processo que vem passando por diversas administrações governamentais. Por outro lado o aumento da produtividade no trabalho deve ser promovido com muito cuidado para não provocar problemas sociais como o desemprego, além de agravar a distribuição de renda no país.
                Os principais fatores que promovem a elevação da produtividade no trabalho são o aumento do nível de automação nos processos produtivos e não produtivos, além de melhor capacitação dos trabalhadores.
                Um incremento na produtividade por um lado diminui os custos de produção, tornando o produto gerado mais competitivo, mas por outro lado demanda menor quantidade de mão de obra, o que favorece o desemprego. Acredito que o governo não deva se preocupar em tomar medidas específicas para aumentar nossa produtividade. É necessário políticas que promova o crescimento econômico, dentre elas a melhor qualificação da mão de obra e estímulo à inovação tecnológica. O resto a própria iniciativa privada, o resto a própria iniciativa pricada, em seu processo competitivo, resolve.

sábado, 17 de março de 2012

O VALOR DA TERRA


                Mais uma vez vou deixar de divagar e assumir o papel de agrônomo. Mais especificamente vou escrever sobre economia agrícola e direito da terra. (Como se vê, um agrônomo se mete em todas as áreas do conhecimento!) 
          O principal meio de produção do agricultor é a terra. Todos os produtores rurais usam a terra como meio de produção, seja ela própria, arrendada, grilada, roubada, mas é fundamental o uso da terra para atividades agropecuária. Mas qual o valor da terra? No Brasil o valor da terra é complexo.
                O valor de uma mercadoria é o somatório de todas as forças de trabalho utilizadas para a produção de um determinado bem. Para saber o valor de uma cama precisamos calcular o trabalho utilizado na madeireira, na serraria para cortar as tábuas, na marcenaria para construir a cama, na loja de móveis para comercializar, tudo isto somado ao trabalho dos fretes usado no transporte entre cada uma destas etapas. Este é o valor da cama. O preço depende da relação entre a oferta e da procura.
                Mas como preço e valor se relacionam? Quando existem muitas camas no mercado, seu preço cai abaixo de seu valor, causando desestímulo à sua produção. A oferta de mesas então diminui. No caso de haver poucas mesas à venda, seu preço se torna elevado, estimulando sua produção. Desta forma valor e preço de mercado tende a um equilíbrio.
                No caso da terra o seu valor é o somatório das diversas benfeitorias na propriedade, na qual se utiliza mão de obra: Construção da sede, galpões, currais, pontes, açudes ou barragens, desmatamento, correção de solo, plantio de pastagens e fruteiras perenes, etc. Mas existem outros fatores que vão formar o valor da terra: proximidade de centros urbanos consumidores, proximidade de uma estrada para escoar a produção, rede elétrica próxima e outros. Estes elementos não foram oriundos de investimento do produtor, e sim da sociedade como um todo. A grosso modo o valor da terra possui dois componentes: uma parte do valor vem da ação do produtor sobre a propriedade e outra a valorização por parte da sociedade. Existe um terceiro componente, que é formado pela fertilidade do solo, presença de mananciais, topografia, vegetação, etc. Estes fatores não  tem valor econômico, apenas “valor de uso”, já que não houve trabalho humano na sua formação. Porém estas características fazem parte do patrimônio nacional e deve ser bem administrado pelo produtor.
Desta forma se justifica confiscar terras improdutivas ou com mal manejadas do ponto de vista ambiental para fins de reforma agrária. Se o produtor não investe na propriedade, ou não preserva o meio ambiente, então ou o seu valor é oriundo apenas do trabalho da sociedade brasileira como um todo ou se está destruindo um patrimônio nacional. Justifica-se, então, a perda da posse da terra pelo produtor.

sexta-feira, 16 de março de 2012

O RETORNO DOS MAMUTES


No filme “Era do gelo 2”, o mamute entrou em depressão pois acreditava que sua espécie estava em extinção e o ultimo remanescente era ele. O tigre de dente de sabre e a preguiça tentavam consolá-lo. No final, depois que ele encontrou uma namorada, passou uma manada de mamutes.
Hoje sabemos que tanto os mamutes, quanto os tigres de dente de sabre não existem mais. Tão pouco as preguiças terrestres.
Idéias de trazer à vida animais extintos não fazem parte apenas da ficção. Muitos cientistas estão trabalhando neste sentido. Pensou-se em trazer de volta o lobo da Tasmânia, extinto no início do século XX. Existem vários destes animais conservados em formol e em álcool. Porém em todos os casos o material genético encontra-se muito danificado. Ainda não existe tecnologia para recuperá-lo.
Porém mamutes, tem-se encontrado, em bom estado de conservação nos gelos da Sibéria. Seus DNA estão intactos. E existem em quantidade suficiente para formar uma pequena população. Mas agora se esbarra em outro problema. Uma elefanta seria capaz de gerar um bebê mamute. Será que o citoplasma dos elefantes é compatível com a porção nuclear dos mamutes, para que se possa introduzir nos óvulos destes animais um núcleo de uma célula somática de mamute? E se ao invés de trocar o núcleo do óvulo da elefanta, se introduzisse os cromossomos do mamute e se deixasse intacto os genes do elefante? Teríamos um híbrido que se denomina “alopoliplóide”.
A notícia de hoje, em “O Globo”, diz que o polêmico geneticista Coreano Hwang Woo-suk pretende fazer uma clonagem de mamute com auxilio de uma elefanta até 2015.
Alguns cientistas acreditam que não tem sentido trazer de volta animais extintos. Tais animais não teriam mais condições de repovoar o seu antigo habitat, devido à falta de variabilidade genética. A não ser se fizermos cem ou duzentos clones de animais diferentes oriundos de lugares diferentes onde outrora habitava. Se não houver variabilidade genética, haverá cruzamento entre indivíduos aparentados (endogamia) que ao longo das gerações provocará “depressão endogâmica”, ou seja, aparecerão diversas doenças genéticas. Outro motivo que dificulta a reintrodução é ele ter sido extinto naturalmente por falta de adaptações às condições ambientais de cinco mil anos atrás. Aliado a falta de variabilidade genética já poderíamos dizer que esta espécie não teria condições de se adaptar ao ambiente atual, que seria hostil a todos os indivíduos. Se conseguirmos uma alta variabilidade, pode ser que um ou outro animal possa vir a se adaptar, apesar de pouco provável.

quinta-feira, 15 de março de 2012

LUIZ CARLOS PRESTES

A recente visita da Sra. Maria Ribeiro Prestes, companheira de mais de quarenta anos do Cavaleiro da Esperança, juntamente com alguns de seus filhos, ao gabinete da presidenta Dilma, mostra que a memória de Luiz Carlos Prestes ainda está muito viva entre aqueles brasileiros que sonham em um mundo mais igualitário, mais justo e mais próspero.
            Lembrei-me de minha infância. Lembrei-me que nesta época o super-herói preferido dos meus amigos era o Jerônimo “o herói do sertão”. Naquela época já havia super-heróis! Eu era diferente, quando eu ouvia aquele senhor de sessenta anos falar, eu ficava hipnotizado! Contavam-me histórias da “coluna”. Isto me arremetia aos tempos heróicos da Grécia (pobre Grécia, sem o Dracma, perdeu sua força!), lembrava-me de Hércules (que não era o Correia, era o grego mesmo!) e seus trabalhos impossíveis de realizar. Lembro-me das histórias que me contavam sobre o movimento de trinta e cinco. Também me contavam sobre os anos de prisão e o movimento internacional pela sua libertação. Recordo com se fosse hoje, em Niterói. Eu, cara a cara com o Velho, no quadragésimo aniversário de PCB. Minha boca estava aberta e meus olhos arregalados, enquanto o povo gritava: “nós queremos, legalidade!”
            Uma vez, em moscou, fui visitar meus amigos, Carlinhos, João, Rosa, Ermelinda, que a gente chamava de Melinda. A Maria Prestes sempre recebia bem os brasileiros que estudavam na Patrice Lumumba, com um cafezinho e às vezes um cálice de vodka. Foi quando aporta do escritório se abriu e saiu de dentro dele ninguém mais que ele: o Velho!!!! “Carlos! Pode vir até meu escritório?” Ele sabia meu nome! Luiz Carlos Prestes, meu super-herói sabe meu nome. Nem me lembro o que ele queria me perguntar, mas o importante é que ele sabia meu nome!
            Perdoe-me aqueles que querem me condenar por “Culto à personalidade!” Eu pequei e continuo pecando.
            “Nasceu Luiz Carlos Prestes. É como se dissesse: nasceu um rio!” (Pablo Neruda)

SEXO COM PLANTAS.

Ando um pouco preocupado. Recebi a tarefa de fazer sexo com arroz. Embora vocês não tenham noção, é muito difícil. Embora eu nunca tenha feito, sei que fazer sexo com feijão é bem mais fácil! O maracujá foi a planta que eu tive menos dificuldade: basta enfiar o os cinco dedos no fundo da flor aberta e rodar. Tem que ser feito depois do almoço. Ou seja, no período da tarde. Para o mamão a técnica é mais sofisticada: Escolhe-se um botão floral de uma planta feminina, já desenvolvida e com cuidado abrir suas pétalas, manualmente. Depois introduzir uma flor retirada de uma planta hermafrodita. Deve-se cobrir a flor com um saco de pipoca para que ocorra a polinização sem contaminação de outros polens. Já polinizei artificialmente outras plantas, como fruta-do-conde.
O arroz costuma usar a autopolinização para se reproduzir, ou seja faz sexo com ele mesmo. Por isso fazer sexo com arroz é complicado: Primeiro devo deixar sair dois terços da panícula (cacho). Cortar um terço fora. Com auxílio de uma lupa e uma pinça retirar toda a parte masculina (estames) de cada uma das espiguetas (grão). Fazer isso em todo o terço do meio (exposto). Retirar a folha que cobre o restante da panícula e retirar todas as espiguetas imaturas. Esfregar uma panícula da outra variedade ou linhagem que se quer cruzar, nas espiguetas castradas e, finalmente cobrir com um saco plástico para evitar contaminação.
Coletar a produção e colocar para germinar. Depois da planta crescer, separar as plantas originárias do cruzamento, das plantas auto polinizadas. Para isso se usa “marcadores morfológicos”. São características em que na planta “pai” é dominante e na planta “mãe” é recessiva. Elimina-se as plantas auto-polinizadas e, assim, se obtém apenas plantas que surgiram do cruzamento. Após a colheita, basta semeá-la durante várias gerações até se obter uma nova variedade. Existem vários esquemas para fazer isso. Dependendo da melhoria que se quer dar ao arroz.
Escrever é fácil, entender é um pouco mais difícil, mas o pior é ter que fazer. Se tiver que fazer mesmo será minha prova de fogo como geneticista-melhorista.

quarta-feira, 14 de março de 2012

O PODER PARALELO


Há alguns meses atrás meu filho Eduardo, pedalando uma bicicleta colidiu-se contra uma moto, pilotado por uma jovem sem capacete e sem habilitação, no condomínio onde moramos. A menina logo decretou que meu filho estava errado e que deveria pagar o concerto da moto. Deu seu telefone e pegou o número do celular de Eduardo, avisando que iria a uma oficina fazer o orçamento e que no dia seguinte viria buscar o dinheiro. Mais tarde ela ligou para o garoto e disse que o valor orçado era de cento e oitenta reais. No horário combinado pedi ao chefe da segurança do condomínio que estivesse presente. Tentei explicar à menina que sempre que uma moto colide com uma bicicleta a polícia lavra ocorrência como “atropelamento”, pois para dirigir uma moto era necessária habilitação e para pedalar uma bicicleta bastava ter equilíbrio. E que no caso de atropelamento, ela poderia estar corretíssima, porém neste caso ela ficaria com o prejuízo desde que não entrássemos em acordo. Ela olhou para os meus olhou e disse que ela estava certa, que meu filho estava na contramão. Aleguei que ela estava sem habilitação e sem capacete. A jovem, disse que isso não tinha importância. Falou de uma forma tão natural e com tanta convicção que parecia que ela mesma acreditava no que dizia. Ela foi embora dizendo que ela iria nos denunciar no Morro de São Jorge, onde morava. Que eu pagaria de uma forma ou de outra.
            O chefe da segurança do condomínio me procurou me aconselhando pagar o valor pedido em troco de tranqüilidade. Liguei e logo vieram dois rapazes, que sob protesto, entreguei o dinheiro. Os rapazes cumprimentaram o chefe na segurança e foram embora.
            “Estes dois rapazes trabalham para o tráfico. Temos um acordo de cavalheiros para eles não entraram aqui. Mas eu os conheço bem!”
            Pude sentir o que já sabia há muito tempo. Nos morros do Rio de Janeiro existe um poder paralelo, com leis próprias, além de costumes, ética e moralidade peculiares.
            Olha para “minha própria sociedade” e vejo muita exploração, corrupção, ladroagem por parte das autoridades. Depois de refletir algum tempo descobri que não tenho argumentos para convencer à jovem que o sistema legal brasileiro instituído é o verdadeiro e que a lei da bandidagem do tráfico de drogas é o errado.

“No morro de São Jorge todos andam de moto sem habilitação e sem capacete.”

terça-feira, 13 de março de 2012

MELHOROU NOSSA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA


           Como já foi escrito aqui, mesmo com ideologia contrária, nem Lula nem Dilma foram capazes de quebrar os paradigmas de neoliberalismo. Porém juntamente com uma política de livre mercado, pouco protecionista, aberta à globalização, investiu pesado em políticas sociais. No início o “bolsa família” parecia mais uma das políticas clientelistas tão comuns e governos populista, depois se promoveu uma campanha de eletrificação de todas as casas do país, agora se almeja levar moradia digna a grande parte da população de baixa renda no Brasil.
            Mas as pessoas gostam de números: afinal os governos Lula e Dilma trouxeram maior distribuição de renda em nosso país? Há muitas décadas o IBGE criou o índice Gini, que compara a renda dos 50% mais pobres com os 10% mais ricos.

            Como se pode observar no gráfico acima durante a ditadura militar de 64/84 aumentou a diferença entre ricos e pobres no nosso país. Esta dtendência ainda se manteve noa primeiros anos pós ditadura. Com a redemocratização e a nova constituição o quadro começou a reverter, embora timidamente. Porém nos últimos dez anos houve uma melhora significativa na distribuição de renda do povo brasileiro: “a renda dos 50% mais pobres cresceu 68% em 10 anos e a renda dos 10% mais ricos cresceu 10%, ou seja, a renda dos 50% mais pobres está crescendo seis vezes mais rápido do que a renda dos 10% mais ricos em uma década”. Porém ainda temos muito que melhorar, pois ainda temos uma das distribuições de rendas mais perversas do mundo.

segunda-feira, 12 de março de 2012

ASSASSINO BRUTAL


Numa terra distante, onde as pessoas falam e nada se entende. Todo o povo é hostil: ele é o invasor. Algumas pessoas toleram, pois ele vem “salvar o país de rebeldes que atentam contra a liberdade. Mas mesmo assim, invasor. Não se pode confiar em nenhum deles. Eles querem matá-lo! Todos eles... Afinal o que ele está fazendo ali? Poderia estar junto da família. Saudade da esposa e dos filhos. E a mamãe? Porque este povo tão atrasado precisa de liberdade? Eles são tão esquisitos: cheiram mal. O que está fazendo aqui? Nesta droga de país! Para que um povo tão atrasado precisa de liberdade? Porque que ele tem que eliminar os rebeldes para que estes trogloditas se tornem livres. Porque eles não se resolvem por si só? Ele poderia estar tomando cerveja e assistindo o jogo na televisão. Afinal é domingo. Se fosse possível acabar com todos eles, talvez possa voltar para casa. Todos são inimigos mesmo! Um povo tão atrasado não faz falta neste mundo! Já tem gente demais. Eles só servem para aumentar as estatísticas de miséria, doenças, analfabetismo e tudo o que ruim na humanidade. Eles já não vivem: nem consumir eles consomem. Quem não consome está morto e não sabe.

Então ele entrou em três casas e executou 16 pessoas, sendo quatro mulheres e nove crianças...

Afinal quem é o assassino brutal? É o sargento ou foi quem enviou ele para lá?

sábado, 10 de março de 2012

AUXÍLIO PRESIDIÁRIO

Recebi um e-mail recentemente dizendo ser uma vergonha a legislação brasileira. “Enquanto o INSS paga um auxílio à família dos presidiários, muitos brasileiros recebem um salário mínimo, que muitas vezes não dá para sustentar uma família.” Alegam que pessoas que fazem tão mal à sociedade não merecem receber tal “prêmio”.
                Na realidade que culpa tem uma criança de ter um pai bandido? Se a sociedade não amparar de algum modo, com mau exemplo que tem em casa o que será esta criança quando ficar adulta? Ou melhor, quando ficar de pé e sair sozinha de casa? Pelo contrário! A sociedade tem que olhar com mais carinho para estas crianças. Deveriam, além de receber um auxílio, ter direito a escola especial, com turno integral. Receber tratamento psicológico e outros benefícios para se tornar um cidadão de bem no futuro.
                Parafraseando o profeta Gentileza, que dizia “gentileza gera gentileza”, repressão é apenas um paliativo, pois “violência gera violência”. Quando mais se reprimir os malfeitores mais violentos eles se tornam. O problema da violência no Brasil e na maioria dos países é investir na educação e qualidade de vida da população.
                O famoso caso do jovem neonazista que assassinou dezenas de jovens membros da “Juventude Socialista”, na Noruega, mostra que o Estado se descuidou da educação quanto aos horrores da segunda guerra mundial.

sexta-feira, 9 de março de 2012

VICE POR VOCAÇÃO

Quando eu entrei para o jardim de infância, com seis anos, eu já era alfabetizado. Como fui o melhor aluno da turma no primeiro semestre, ganhei uma medalha. Mas tanto chorei e esperneei que deram a medalha para o segundo colocado. No início do segundo semestre me colocaram na primeira série. Chorei e esperneei e me deixaram no jardim. Um mês depois abandonei o jardim de infância, pois havia um complô para me prepararem para estudar na segunda série no ano seguinte.
Com sete anos minha mãe me matriculou na primeira série. Fiz bagunça o ano todo e orgulhosamente fiquei em segundo lugar na provas finais. No terceiro e no quarto ano, meus colegas de turma vieram dizer a minha mãe que eu tirava as melhores notas, e que eu era o melhor aluno da turma. Eu disse para minha mão que meus colegas eram mentirosos. Nos quatro anos de ginásio sempre consegui ser o segundo da turma, pois tinha um cdf que me superava. Mas eu era melhor que ele em matemática, ciências e desenho. Foi um período que eu fiquei em paz comigo mesmo.
Em esportes coletivos eu procurava sempre jogar bem. Joguei muito futebol na minha vida. Aprendi a jogar basquete e vôlei. Mas sempre gostei de futebol. Sempre jogava para o time sem querer aparecer. Minha posição predileta era a lateral direita. Eu tinha boa velocidade, sabia cercar os atacantes e como elemento surpresa eu era ambidestro. Chutava e dava passe com as duas pernas, o que confundia os defensores adversários.
Nunca cheguei a ser chefe. Mentira! Fui Supervisor local da Emater-GO, quando só havia um extensionista no escritório: eu! Mas eu chefiava minha secretária, pessoal!!! No mais eu fui sub-chefe na Estação Experimental de Macaé, da PESAGRO-RIO.
Ser o segundo tem suas vantagens: a) as cobranças são poucas. b) as pessoas não sentem inveja de você. c) Você tem direito de dar palpites. Se for boa, talvez as glórias não recaiam sobre você. Mas você não gosta de glórias. Se falar besteira, ninguém repara. d) Suas sugestões são bem aceitas numa reunião, afinal você é o número dois! Quando implantada, se der errado, não foi você que executou.
Aprendi a jogar xadrez com quatro anos com um tio, que era tão fanático por xadrez, que anos mais tarde passou a disputar torneios oficiais em São Paulo e depois Minas Gerais. Durante minha juventude quando o cara era marrento eu ganhava no xadrez. Só de sacanagem. Mas quando era pato, eu perdia. Para deixá-lo contente. Assim eu passei a não gostar de participar de jogos individuais. Não gostava de perder e foiçava sem graça quando ganhava. A não ser quando eram organizados torneios: fui vice em um torneio de dominó entre estudantes brasileiros na Rússia. Fui vice-campeão no único torneio de xadrez, disputado até hoje na cidade de São João D’Aliança, em Goiás.
Eu era muito novinho quando escolhi um time para torcer. Mas escolhi bem: ele foi duas vezes vice-campeão mundial de clube, é atualmente vice-campeão brasileiro e vice-campeão da taça Guanabara. Quem sabe não se torne vice na Libertadores, também?

quinta-feira, 8 de março de 2012

O AMOR DE CRISTO


O mais importante para um bom cristão não é o amor a Jesus Cristo. Idolatria, inclusive, é condenada nos textos bíblicos. Nada errado que um grupo de pessoas se reúna todos os domingos para agradecer a Deus pela vida, pedir perdão pelos seus erros, rogar que o fardo da vida seja mais leve e pedir pelos seus amigos. e até mesmo pelos seus inimigos.
O importante é o “amor de Jesus Cristo”. Amar todas as manifestações divinas, como o nascer do sol, o movimento das marés, a lua cheia à noite. Mas também as criações: nenhum animal deve ser sacrificado em vão. Uma simples barata no meio da rua deve ser poupada. Um rato em um monte de lixo deve ser olhado com ternura. Mas estes animais, embora inocentes, devem ser combatidos quando invadem nosso lar por motivo de higiene. Nenhum animal nos fará nenhum mal, se não invadirmos seu espaço. Nenhum animal é peçonhento se não for agredido, nenhuma planta é venenosa se não for tocada. Se não queremos que uma planta daninha nasça nossas plantações, devemos respeitar o espaço reservado a campos, savanas e florestas. “Amar ao próximo como a nós mesmo!” Não tratar as outras pessoas como nós não gostaríamos de ser tratado. Ser solidário com os outros, pois um dia também precisaremos de solidariedade. Aceitar as diferenças e as divergências, desde que estas não venham a prejudicar ninguém. Nem a si mesmo, como no uso de drogas. Sob a bandeira do amor de Cristo, todos os caminhos são válidos, pois sempre nos levará rumo ao mesmo lugar, que embora não saibamos onde nem como é, sabe-se que estaremos a salvo de todos os males. Lá reina a paz e a felicidade.

quarta-feira, 7 de março de 2012

ASSOCIATIVISMO EM MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS


Os leitores deste blog são cidadãos urbanos, porém acredito que seria interessante que passem a conhecer como funciona a pequena produção rural neste país e o que deve ser feito para garantir o abastecimento e a sustentabilidade.
O produtor familiar que tem pouca terra e não possui recursos para usar técnicas modernas. Às vezes sente a necessidade de desmatar boa parte da propriedade para plantar aquilo que se come e cuidar da criação para ter o leite para os filhos e netos! Com a nova legislação do uso da terra o pequeno produtor terá que se adaptar. Ele pouco pode fazer sozinho, sem ajuda do governo. Por reste motivo recebe credito subsidiado (PRONAF).  
O plano nacional de microbacias, no Rio de Janeiro representado pelo Rio Rural tem feito algumas recomendações, algumas das quais cito aqui nesta postagem:
A primeira coisa a fazer é todas as pessoas que utilizam o mesmo córrego se conhecerem melhor. A comunidade precisa saber o que realmente precisa, antes de reivindicar alguma melhoria junto às autoridades. Primeiro é necessário conhecer quais são suas necessidades, tentar resolvê-las dentro das propriedades ou em conjunto com a comunidade, para depois fazer reivindicações junto aos órgãos do governo. Tecnicamente seria mais correto o Poder Público aplicar os recursos naquilo que a comunidade realmente necessita. Não tem sentido dar roupa a quem tem fome ou dar comida a quem está nu. Porém do ponto de vista do político, “o correto” é fazer o que a comunidade quer. E para poder pedir exatamente o que se necessita, é preciso se conhecer bem.
Para a comunidade que compartilham o mesmo córrego se conhecer bem é necessário se organizar, através de uma associação ou uma cooperativa.

É comum ouvirmos das pessoas da cidade que o produtor familiar não se planta nada: “eles não plantam nem para comer!”, nos dizem.  Na verdade a atividade agropecuária nas propriedades familiares em microbacias é bastante diversificada. Os plantios de hortaliças, da mandioca, do feijão e do milho, e de criações de gado, porco e aves domésticas são muito importantes nestas comunidades. Apesar alguns destes produtos não serem usados para venda, é consumido pelo produtor, que deixa de comprar e melhora a alimentação de sua família. De qualquer forma a grande maioria dos alimentos consumidos na mesa dos brasileiros vem da produção familiar. Os médios e grandes produtores costumam prodizir para exportação.

  Existem iniciativas de algumas pessoas da comunidade de plantar hortaliças e pequenos animais, para serem comercializados.
Muitos produtores utilizam o sistema de “consócio”. Onde diversas culturas convivem no mesmo espaço, racionalizando o espaço na propriedade. Normalmente sua lavoura não é mecanizada, a adubação é feita de forma precária, e, embora próximo a um córrego, usam pouco os recursos da irrigação.
Apesar das iniciativas de algumas pessoas da comunidade de plantar hortaliças, como tomate, jiló, pepino, pimentão e inhame, milho verde, além de frangos e ovos caipiras, para serem comercializados, estes produtos são vendidos para atravessadores ou no comércio local, obtendo baixa rentabilidade pelo seu trabalho.
Uma associação de produtores tem facilidade de conseguir junto à EMATER-RIO ou à prefeitura local, uma patrulha mecanizada (ou pelo menos um trator) para preparar a terra e plantar nas áreas dos associados, muitas vezes a custa apenas do óleo diesel. 

          A associação também pode, em nome da comunidade, buscar linhas de créditos especiais no Banco do Brasil como, por exemplo, o Pronaf.

             Outra atribuição das associações de produtores é na hora da comercialização. Quando feita em conjunto, pode ser vendido por “atacado”, obtendo-se um a remuneração muito melhor pelo produto.

        A associação também pode resolver pendengas como o local de construção de barragens de modo que não prejudique o meio ambiente e beneficie todos os associados. Além do mais, pode organizar o plantio das matas ciliares e nas nascentes. Pode conseguir várias espécies de mudas de essências florestais e insumos junto a órgãos governamentais em não governamentais, etc. Nos escritórios da EMATER-RIO, ou no órgão de extensão rural do seu estado (CATI, em São Paulo, por exemplo) pode-se obter informações como organizar uma associação de produtores: Como registrar, como elaborar estatutos e dicas para que o máximo de associados participe. Um exemplo é a criação das “comissões” (comissão de finança, comissão de comercialização, comissão de irrigação, etc.), de modo que o máximo de associados participe, sem sobrecarregar a diretoria.