Um velho de sessenta anos adotar um rapaz de vinte e quatro
anos parece coisa de boiola. Mas não é isso. Na realidade vou adotar como filho.
Tudo
começou na cidadezinha goiana de São João D’Aliança. Havia um concurso público
para uma função administrativa no Escritório da Emater-GO. Chegou uma menina acompanhada
de uma criança de dois anos e dois meses. Era a Márcia com seu sobrinho Lucas.
Para não atrapalhar o processo de inscrição, brinquei com ele depois “ensinei-o
a bater à máquina”. Ele adorou o brinquedo. Conheci meu futuro filho antes de
conhecer minha ex-esposa.
Um mês depois,
numa festa da escola estadual local, fui interpelado por uma professorinha: “Você
é o Carlos da Emater? Meu filho de dois anos fala muito em você!” Ali mesmo
fizemos amizade. Alguns meses depois a mãe do Lucas estava indecisa entre dois
pretendentes. O seu filho Lucas de dois anos escolheu para ela. O garoto me
adorava, e eu emocionado, gentilmente correspondia. Como tratar mal uma criança
que te adora?
No dia
do casamento o garoto passou a me chamar de pai. Mas devido as procrastinações
da vida, somente agora entrei com um processo de adoção. O julgamento será hoje, vinte e oito de março de dois mil e dez. Se
tudo der certo, ganharei um novo filho. E dentro de alguns dias a primeira
netinha, pois a esposa de Lucas está grávida de nove meses!
2 comentários:
Lindo!!!Amo vocês!!
Uai, vc postou 28 de março de dois mil e dez???
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