quinta-feira, 23 de novembro de 2006

O REI ESTÁ NU: A VOLTA!

Freqüentemente a gente ouve denuncias na televisão sobre trabalho infantil aqui no Brasil ou em algum país do terceiro mundo. Mostra a indignação dos povos mais “desenvolvidos” da Europa ou da América. Como o povo brasileiro aceita que em seu país haja coisa tão vergonhosa? Porque as autoridades brasileiras não prendem e arrebentam tão desalmados pais, que fazem seus filhos trabalharem em uma carvoaria? Muitos acham que devia haver sanções a paises onde houvesse trabalho infantil. As autoridades brasileiras até que tentam se modernizar se adequando aos padrões morais internacionais proibindo que crianças internas trabalhem, fazendo com que muitos orfanatos deixem de ter sustentabilidade porque os pré adolescentes não podem fazer uma hortinha para sua própria alimentação, ou então deixar os internos da Febem totalmente ociosos sem dar oportunidade de ensinar-lhes a ter amor ao trabalho, e é claro, à remuneração que podem conseguir. Muitos pais não tem condições de sustentar a si próprio. Se as crianças forem impedidas de trabalhar, sem nenhuma compensação, elas ou os pais morreriam de fome. O governo bem que tenta através do bolsa escola e do bolsa família dar um paliativo, mas o problema é que o sistema de exploração capitalista não vem permitindo resolver o problema por aqui e muito menos em outros países mais pobres. Quem tem que ter vergonha são eles, que dilapidaram suas colônias deixando um rastro de miséria, quando saíram de lá. Parte de nossa população de classe média ajuda a entoar o canto, se esquecendo que eles seriam capaz de deixar seus filhos trabalharem, não por necessidade, mas por pura vaidade. Se uma criança não pode plantar um pé de couve, porque pode fazer um papel de uma criança mimada em uma novela de TV? Ou expõe o corpo de sua filha de treze anos na passarela. Aliás o padrão feminino para modelo hoje tem treze anos! Levando se em consideração que há um senso comum, veiculado em todo tipo de mídia, que padrão de modelo é o mesmo que padrão de beleza, podemos dizer no popular “que mulher boa tem que ter o corpo de treze anos”. Por conta disso a imprensa faz um estardalhaço com notícia de jovens de dezoito anos de classe nédia que morrem de fome para voltar a ter um corpo perfeito. E culpam os rudes caminhoneiros de alugar “padrões de beleza”, pobres crianças que precisam trabalhar para obter seu sustento. O capitalismo é assim mesmo. Tudo hipocrisia!

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

QUEM É NEGRO?

Discriminar um dia para lutar contra a discriminação parece paradoxal, mas devemos ser politicamente corretos. Afinal a discriminação racial existe e deve ser combatida. Mas afinal quem é realmente negro? Exames de DNA tem demonstrado resultados bastante surpreendentes como o fato de uma determinada população européia ter maior afinidade genética com um grupo africano do que com outro grupo europeu. Hoje sabe-se que as diferenças entre as pessoas são tão pequenas que não vale o conceito de raça. Então negro é apenas cor de pele. Como cabelos negros, olhos negros. Freqüentemente é impossível separar o negro do branco: a cor da pele é uma característica controlada por dezenas de pares de genes, é o que chamamos de caráter genético quantitativo, e para piorar a luz solar estimula a pele a produzir melanina, fazendo com que o ambiente também determine a cor da pele de uma pessoa. Mesmo se desenvolvessem um padrão de cores para separar o negro do branco, não funcionaria, pois muita gente seria branco no inverno e negro no verão. O certo é que o ser humano surgiu na África, a relativamente pouco tempo, e dali migrou para todos os continentes. E em nenhum momento deixou de haver intercâmbio entre os grupos. No fundo, no fundo, parece todos nós somos africanos. Ou seja todos nós somos negros. Mesmo que disfarçados sob uma pele mais clara. Aí eu já não estou entendendo mais nada. Vocês que são brancos, que se entendam!