A humanidade, ou seja, a espécie Homo sapiens existe há duzentos mil anos.
Se considerarmos que uma geração leva em média 20 anos, já passamos por dez mil
gerações. Se levarmos em consideração que uma bactéria se duplica a cada 50
minutos, as mesmas dez mil gerações leva apenas um ano. Durante estes duzentos
mil anos o ser humano vem travando uma guerra sem fim contra estas bactérias.
Algumas delas se extinguiram naturalmente, mais pelas mudanças de hábito dos
homens do que por mudanças genéticas. Algumas dizimaram populações humanas enormes,
como a peste negra. O vírus da varíola também castigou a espécie humana. Hoje,
a não ser em cultura em alguns laboratórios (como em um jardim zoológico), a
varíola está extinta. Muitas doenças bacterianas hoje são raras, limitando-se às
regiões mais carentes da terra.
Devidos às mutações aleatórias,
quanto mais gerações passam uma determinada população, maior será sua variabilidade
genética e maior suas chances de sobreviver às mudanças ambientais. As dez mil
gerações, pela qual passou a espécie humana, mostra que somos uma espécie
recente, e, portanto, com relatividade baixa variabilidade genética se
considerarmos toda a humanidade como uma única espécie. Porém grandes migrações
são do feitio humano, onde clãs e tribos se encontravam freqüentemente, as
vezes de forma cordial, outras vezes de forma belicosa, mas sempre terminando
em miscigenação entre os grupos. Raramente houve na história da humanidade
grupos isolados durante vinte a cinqüenta gerações. E quando houve, estes
grupos acabaram por desaparecer, já que os genes recessivos deletérios, ou seja
doenças genética, acabavam por dizimar esta população, e por fim eram
facilmente abatido por qualquer tribo invasora.
Para não entrar muito em detalhes
técnicos posso dar um exemplo: É certo que a globalização tem levado à
população mundial o perigo de uma pandemia capaz de dizimar a humanidade, porém
maior incidência de casamento entre etnias diferente ajuda a proteger a nossa
espécie, pois além de aumentar a variabilidade genética ainda favorece as
interações gênicas. Como por exemplo se para uma doença transmitida por uma
doença transmitida por um mosquito, existe uma população cujo odor corporal
atraia pouco o mosquito e outra população em que o plasma sanguíneo não permite
uma reprodução rápida do patógeno. Separadas, ambas as populações vão contrair
a doença. Mas se as duas populações se miscigenar então os indivíduos terão as
duas proteções que poderão ter efeito sinergético, causado pela interação dos
dois genes. Se houver mistura de quatro ou cinco genes, cada um provocando um
grau de dificuldade ao micróbio em aspectos diferentes, teremos um tipo de
resistência denominada “resistência horizontal.” Esta resistência não pode ser
quebrada nem mesmo se o micróbio sofrer uma mutação, pois existem muitos genes evolvidos
na proteção humana. No caso da resistência vertical acontece ao contrário. Se
temos um gene que nos dá imunidade a “gripe aviária”, basta que ocorra no vírus
uma mutação para quebrar a imunidade.
O mesmo que acontece no caso de
doenças ocorrem em diversas outras habilidades. Se a humanidade se tornar um
bando de mulatos de olhos puxados chegaremos tranquilamente ao quarto milênio. Na
natureza, raça pura é uma raça fraca, enquanto os que não tem raça definida é
mais resistente e adaptados.
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