sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

CULTO À IGNORÂNCIA E O MONOPÓLIO DO SABER

Conhecimento você dá, vende, aluga, e mesmo se lhe roubarem você nunca vai deixar de ter. Só se você morrer ou for atacado pelo “alemão”. O conhecimento é o tijolo onde se constrói a liberdade. Ninguém tem liberdade de fazer aquilo que não sabe. Mas existem duas coisas que atrasa o desenvolvimento humano. Agem como dois parasitas dentro da sociedade: O culto à ignorância e o monopólio do saber.
São inúmeros os exemplos de culto à ignorância. A maioria ligada à tradições de uma época em que o ser humano ainda não se valia do racionalismo como diretriz de suas ações. “Tome este chazinho que é melhor que o remédio do doutor!” Ninguém é contra chazinhos, mas só receita quem sabe. Consulte um fitoterapeuta. Ele estudou para isso! Posso estar desinformado, mas soube de algumas pesquisas sérias sobre o capim-limão e não se comprovou nenhum efeito calmante sobre as pessoas. Achou-se um efeito diurético, mas ninguém bebe chá de capim cidreira para fazer xixi
A sociedade capitalista é baseada no princípio de que quem tem conhecimento tem poder. Portanto toda inovação é cercada de sigilo e proteções legais para que apenas alguns sejam beneficiados em detrimento da humanidade como um todo.
Nas escolas e universidades se ensinam mais informações que conhecimento. Não há incentivo ao raciocínio. O aluno tem que entender o “ponto de vista do professor”, e não ter uma opinião própria. A escola é impessoal. Um jovem, ávido pelo saber, não tem o direito de ter longas conversas com um professor, para lhe extrair o máximo de conhecimento e sabedoria. Mais ou menos como naqueles filmes que falam de mestres orientais e seus discípulos (tipo “karatê kid”). O professor não ganha e nem tem tempo para isto. A mídia e a própria internet fornece mais informação e pouco conhecimento.
O conhecimento deixa o homem mais livre, porém quem busca o conhecimento puro e simples, ou tem que servir aos senhores do mundo ou sofre o castigo do ostracismo. E quem divulga o conhecimento, tem que fazer de sua atividade um sacerdócio, porque não se vê valorizado, tanto em prestígio quanto em remuneração.

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