quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O TRABALHADOR AMERICANO NÃO É MAIS AQUELE!

Parece estranho a situação global: Quando acabou a era Bush muita gente fora dos EUA ficou aliviado, esperançosos em tempos de paz. De fato, na visão de quem está fora dos Estados Unidos, Republicanos e Democratas são quase iguais, diferenciando-se apenas que os republicanos tem um apoio um pouco maior da indústria bélica enquanto os democratas é mais simpático à indústria de bens de consumo. Para os povos do Oriente Médio, dos países africanos, em eternas guerras civis, ou mesmo as guerras não declaradas, ligadas ao tráfico de drogas, na América Latina a saída de Bush seria realmente um alívio. Tudo seria atenuado com a entrada de um democrata. Porém havia uma preocupação no ar: os democratas são ultra-protecionistas. Após um período onde boa parte da América Latina, pautou-se por uma política econômica mais independente, temíamos sofrer pressões, depois de oito anos de "descuido" da era Bush, para que houvesse uma forte pressão dos "irmãos do Norte", para que atrelássemos nosso mercado ao deles. Inclusive com chantagens econômicas e protecionistas para forçar o retorno da ALCA nas mesas de negociações da OEA.
Anos se passaram e nada disso se viu. Porque? A idéia de Henry Ford "de que se os empregadores rebaixassem os vencimentos demais, eles destruíram ao mesmo tempo sua clientela, o que não é bom para o capital, e tampouco para o trabalho", só funciona em um mercado fechado. Na fase imperialista do capitalismo, decidiu-se por explorar os trabalhadores das colônias e dos países subdesenvolvidos e dar condições um pouco melhor para os trabalhadores do primeiro mundo para que, estes sim, consumissem.
E agora, neste período de globalização do capitalismo?
O chefe do Conselho de Trabalho e Competitividade do presidente Obama, Jeffrey Immelt, que coincidentemente é o principal executivo da General Electric. Num encontro de investidores em 6 de dezembro de 2002, ele declarou com entusiasmo que “Quando falo com gerentes da GE, falo em China, China, China, China, China.” Em outra ocasião ele teria afirmado: “Hoje nos posicionamos no Brasil, na China, na Índia, porque é lá que estão os clientes.”
As indústrias de bens de consumo descobriram uma válvula de escape para esta época de crise. Construir uma forte sociedade de consumo nos países emergentes mais populosos do mundo, como China, Índia, Brasil e Rússia.
Isto explica porque em alguns estados dos EUA o número de pessoas abaixo da linha de pobreza vem aumentando, assim como porque nos estados do sul vem aumentando o número de pessoas infectadas pelo mal de chagas, esquistossomose, malária e outras enfermidades típicas do terceiro mundo.

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