Mauro Satayana, colunista
do Jornal do Brasil, diante das evidências apresentadas no livro a “Privataria
Tucana”, acredita ser importante uma revisão no processo de privatização
realizado na época. O autor cita Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia,
constatou que “o desmantelamento do Estado, a partir dos governos de Margareth
Thatcher, na Grã Bretanha, e de Ronald Reagan, nos Estados Unidos, foi a maior
estupidez política e econômica do fim do século 20.”
Satayana afirma que no
período o Brasil era “o único país que podia dizer não a esta loucura norte-americana”.
Para isso “bastaria rolar a dívida externa, fechar as fronteiras e voltar-se
para o mercado interno.” Possivelmente nosso país arrastaria consigo boa parte
da América Latina. Lembro-me que nesta época, nós também pensávamos assim. Um
sintoma de que isto era possível é o fato de o Brasil, anos mais tarde, ter
praticamente inviabilizado a ALCA, simplesmente por impor algumas exigências. E
não recebemos nenhuma retaliação por isso. Se as denúncias se confirmarem,
creio que não teríamos outro caminho que não seja “reexame profundo” em todos
os processos de privatização na época. É importante que, em caso de fraudes, os
cofres públicos sejam ao menos ressarcidos dos prejuízos ocasionados pelo
processo de privatização. Em casos extremos, algumas destas Empresas deveriam
retornar para o controle estatal.
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