segunda-feira, 2 de abril de 2012

REBELDES RECEBEM SOLDO DE ESTRANGEIROS?

Quero expressar minha indignação pelo que acabo de ler em “o Globo”: “Rebeldes sírios receberão salário de países do Golfo e equipamento de comunicação dos EUA”
Mais uma vez um dos princípios básico da ONU está sento infringido. O da “autodeterminação dos povos”. As experiências recentes como a invasão ao Iraque e a intervenção na Líbia só serviu para levar mais desgraças a estes já sofridos povos. Ambos vivem, por mais que tentem negar, em estado de guerra civil. Supondo que, como alega a mídia, que Sadan e Kadaffi eram déspotas de seu povo, um tirano cruel. A auto determinação dos povos, de acordo com o direito internacional, deve ser seguido. A experiência mostra que quando o próprio povo, sem auxílio externo (presença física de agentes estrangeiros), impõe sua vontade e derruba um governo autoritário, logo se instaura um regime democrático. Temos como exemplo a queda dês ditaduras no América Latina. Vale lembrar, que em outros países, a exceção do Brasil, os opressores do povo foram julgados e punidos. Em Portugal e na Espanha, o salazarismo e o franquismo, foram, naturalmente, substituídos por governos democráticos sem ajuda externa. E assim por diante.
Para que uma ditadura seja substituída por um governo democrático são necessários dois requisitos, um de cunho objetivo, ou seja, que não dependa da vontade do povo. Neste caso são problemas de ordem econômica enfrentada pela ditadura. Manter um aparato repressivo é muito caro: é necessário um exército e uma polícia com grande contingente, com altos salários, e bem aparelhada. Em época das vacas magras, o efetivo militar passa a ser mal remunerado, e perdem algumas mordomias. Isto causa revolta nas bases militares (suboficiais e soldados). A outra condição é de ordem subjetiva: é o povo não querer mais ser oprimido! Geralmente é neste momento que aparecem as lideranças que apresentam propostas para a instalação de um regime democrático.
Como é possível observar o processo de instauração de uma democracia é como uma fruta, que tem que crescer e amadurecer. Fazer madurar á força só leva ao apodrecimento e a novos regimes ditatoriais.

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