quinta-feira, 12 de abril de 2012

DOENÇAS FUNGICAS E A FOME NO MUNDO.

            Em ‘O Globo’ de hoje, na coluna de ciências, aparece uma informação interessante: Segundo o jornal, o prejuízo ocasionado por fungos só nas lavouras de arroz, trigo e milho, chega a sessenta bilhões de dólares, o que daria para alimentar seiscentos milhões de pessoas.
            Apesar dos números serem impressionantes, é apenas uma informação. Todo ser vivo está sujeito a doenças e com as plantas não seria diferente. A monocultura favorece a disseminação das doenças. É como passageiros viajando apertados em um trem. Em grandes extensões não é possível plantar em sistema de consórcio (no mesmo local plantar uma linha de milho, outra de feijão, outra de abóbora, etc., pois isto dificulta a mecanização. O que se faz é rotação de cultivo: No mesmo local, colhe-se uma safra de milho, depois planta-se feijão e em seguida abóbora. Podem-se utilizar variedades resistentes às principais doenças, porém, não à todas. A aplicação de fungicidas tem que ser feita com cuidado para não prejudicar as pessoas e o meio ambiente, também favorece o surgimento de novas cepas (“variedades”) de fungos resistentes ao fungicida utilizado. É claro que muita coisa pode ser feita para diminuir drasticamente a incidência de doenças fungicidas, mesmo por que, segundo o artigo, os maiores percentuais de perda estão nas regiões carentes do mundo.
            Existem muitos fatores que influem na produtividade dos grãos. Alguns são agronômicos (dentro da porteira): além das doenças, pragas, competição com plantas invasoras (daninhas), disponibilidade de água, fertilidade de solo, temperatura, irradiação solar, etc. Uma fatia da safra é perdida durante a colheita (principalmente mecanizada!). Existem as perdas fora da porteira, como durante o transporte, armazenamento, beneficiamento, embalagem e na comercialização. Uma quantidade muito maior de alimento do que se imagina é perdido durante toda cadeia produtiva. Cabe desenvolver e aplicar métodos mais eficiente em cada setor para minimizar cada vez mais as perdas.

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