domingo, 20 de novembro de 2011

ONDE ENCONTRAR A FÊNIX, O PÁSSARO MITOLÓGICO.




A fênix é um pássaro mitológico da antiga Grécia, que quando ficava bem velho, procurava uma montanha bem alta e lá se incendeia. Das cinzas surgia um ovo. Este ovo eclodia e sugia um pinto, que crescia tornando-se uma jovem fênix. Esta é uma dês leis da dialética, nascida, como a própria fênix, na antiga Grécia, pelos cérebros de alguns dos grandes filósofos daquela época como Demócrates e Hieráclito. A lei fala que em crescimento quantitativo, até que as contradições internas desembocam em uma crise, culminando na destruição do velho, através de um salto de qualidade, surgindo desta forma, o novo.

Um grão de trigo, que é uma planta anual, germina, cresce, produz sua espiga e depois morre, porém antes solta seus grãos disseminando pela terra. O grão de trigo volta a renascer, na planta mãe, como a fênix. Mas repare uma coisa: Um grão de trigo germinou. Quando o grão germina, ele deixa de existir como grão. Agora ele é uma planta. Porém o trigo antes de morrer, solta o grão. Porém este grão não é o mesmo grão que originou a planta mãe. Que apesar de também ser planta pai, pois houve, neste caso, uma auto-fecundação, há diferenças genéticas devido à recombinação dos genes. Neste caso a semente que gerou o pé de trigo não é o mesmo que produziu. Esta é a segunda lei da dialética: A lei da negação da negação: ao contrário do que diz a lógica formal, a negação da negação de “A”, não será obrigatoriamente o mesmo “A”. Na realidade será um “A” em outro nível, no caso outra geração. (Mas o trigo não deixou de renascer como a fênix!). Eis a segunda lei da dialética: a lei da negação da negação.

Nos dois exemplos existem um momento mágico: a hora em que a fênix se incendeia para se tornar um ovo, ou o momento em que a semente germina e se torna uma plantinha. O salto de qualidade.

Na verdade em tudo no mundo há uma dicotomia: o yin e o yang para os orientais, a pressão interna e a externa interna, na física. O positivo e o negativo na matemática. O bom e o mau, na ética. Tudo está interagindo o tempo todo, gerando movimento, gerando mudanças constantes. Todo movimento é gerado por uma infinidade de desequilíbrios internos. Eu escrevi desequilíbrios internos! E tudo está em movimento. Quer dizer: tudo está internamente desequilibrado. Esta é a terceira lei da dialética: A lei da unidade e da luta dos contrários.

A dialética não é filosofia, e sim, uma forma lógica de pensar: “Nada é permanente, exceto a mudança!” Uma das características da lógica dialética é que ela não admite dogmas e axiomas. Não existe verdade que não possa ser contestada ou que precise de explicação. (Apesar de, em certos casos se admitir uma verdade absoluta!)

Embora eu seja cientista, eu não sou mais inteligente que outras pessoas. Apenas uso, de forma lógica e racionalmente, o pensamento dialético. É por isso, também, que tenho dificuldades de me ligar a religiões.











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