sexta-feira, 14 de julho de 2006

O REI ESTÁ NU - 3

Decididamente a melhor sociedade é aquela onde as pessoas são felizes.
Recentemente li, na internet, uma entrevista que um grupo de universitários fez com um índio, que por sinal, integrado ao nosso modo de vida, morando e trabalhando entre nós. Ao ser perguntado o que o índio faz quando o filho ou a filha pergunta de onde elas surgiram, ele respondeu que neste caso ele chamaria a mãe da criança, levaria para a oca e mostraria, na frente da criança, como ela foi feita. Acho que o índio estava sacaneando os entrevistadores, mas ele fez outras afirmações interessantes: entre os índios não não se reprimem (nem se incentiva) os jogos sexuais infantis. Praticamente não existe adultério, mas se a pessoa levar um chifre, não fica chateado. A lógica é a seguinte: se um sente tesão pelo outro, porque trair? Se não sente, porque ficar junto? Segundo o indio entrevistado, embora fosse uma hipótese pouco provável, se acontecer da índia sentir tesão por outro índio, ela contaria de forma muito natural ao marido, e este, é claro, se gosta mesmo dela, ajudaria a procurar o outro para convence-lo a satisfazer o desejo da esposa. Quem escolhe quem vai casar com quem são os índios mais velhos e experientes juntamente com os pais dos adolescentes. Logicamente os indiozinhos também são consultados. De acordo com o entrevistado, sempre dá certo. A iniciação sexual é feita por um adulto muito experiente, excolhido pelos proprios "noivos". Este pode se recusar, se sentir com pouca experiência, sugerindo uma terceira pessoa.
Minha intenção não é falar sobre o sexo dos índios, mas dar um exemplo de como uma sociedade primitiva tem resolvida uma questão tão complexa e cheia de culpas entre nós. Os índios não tem preocupação com homosexualismo, prostituição, corrupção de menores, pedofilia, adultério e outros tabus ligados ao sexo.
As sociedades ocidentais foi calcada nas religiões judaico-cristãs, onde todos os prazeres da vida era considerado pecado. O sofrimento e o autoflagelo são formas de purificação da alma. A religião é, e sempre foi um instrumento para impor a dominação e a exploração entre os homens. O direito civil e o direito penal, em nossas sociedades são baseadas em preceitos judaico-cristão. Ou seja, muitos pecados se transformaram em crimes. Até aí, está tudo certo! Se as pessoas se sentem felizes, está tudo certo! Uma pesquisa, informa que as pessoas mais felizes são as que professam alguma religião. Será que a certeza da vida eterna as deixam felizes? Ou eles se adaptam melhor às leis e aos padrões morais oficial vigentes? Ou ambos? Por outro lado vemos os proficionais do trafego coptar jovens, com muita facilidade, nas favelas das grandes (e pequenas) cidades do Brasil e nos guetos de todo o mundo. Será que eles são mais infelizes que o normal? A corrupção tornou-se coisa banal. É o guarda de trânsito, é o fiscal, é o funcionário da Prefeitura. Com razão ou sem, a propina é "de lei". Por outro lado uma pessoa incontinente, prefere urinar na roupa do que atentar contra o pudor público. Pessoas morrem de fome diante de uma abundância de alimento para não furtar. Em contrapartida, cenas de sexo aparece no horário nobre da televisão e bilhões são desviados dos cofres públicos de forma, muitas vezes, legal. Será que as passoas que andam certinhas, as incoruptíveis, são mais felizes? Será que os verdadeiros criminosos são infelizes? Todos sabemos que a nossa sociedade ocidental encontra-se em crise de valores morais. Sabemos que existe uma ampla discussão mundial sobre renovação da ética e dos padrões morais. No sistema capitalista, ou qualquer outro onde houver exploração, não será possível criar um código de contuta que leve a humanidade a ser feliz. Toda lei restringe os direitos das pessoas. A lei que proíbe matar, restringe o direito ao assassinato. Padrão moral e ético baseado em leis, tira o direito e a liberdade, tornando as pessoas infelizes. Acredito que apenas a moralidade baseada no amor levará as pessoas de uma determinada sociedade serem felizes. Parece simplório! Quem ama não mata. Quem ama não priva o outro de um bem, furtando-o. Quem ama fará de tudo para o outro ser feliz. Numa sociedade realmente fraterna, todos serão felizes. Porém em um sistema de exploração onde nós vivemos, isto é impossível. Por isso parace simplório. Se todos buscamos a felicidade porque chamar de utópico uma sociedade, sem leis, sem fronteiras, sem governo, sem exércitos, onde o certo e o errado é baseado no princípio da crítica e da autocrítica. Somente em uma sociedade assim todos se amarão livremente e serão felizes.

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