Zé era um homem dedicado à família. Quantas
noites ele passou em claro cuidando de seus filhos recém nascidos para sua leal
esposa poder dormir um pouquinho. Eram três filhos, dois meninos e uma
menina, agora adolescentes. Depois, para sustentar a família teve de trabalhar
em dois empregos. Não dormia. Vivia com sono. Deixou de fumar, não saía para
beber com os amigos. Tudo em nome da família. Até que um dia conseguiu arrumar
um emprego melhor. Comprou uma TV de 30”, um computador para seus filhos estudarem
e brincarem. Chegou a comprar um carro usado. Custeou a faculdade da esposa
para que ela tivesse vida livre e ajudasse a família.
Sua esposa se formou e arrumou um
emprego. Era um emprego noturno. Mas é normal trabalhar à noite. Sua mulher
ficou mais vaidosa: se vestia e se pintava com mais esmero. E sempre dizia que
“era importante ter uma boa apresentação no trabalho!” Em pouco tempo a esposa
comprou um carro zero, trocou os móveis da casa, comprou poupas caras para os filhos e para o marido. Ele nunca quiz saber seu salário, mas ela devia ganhar muito bem!
Mas Zé ficou meio desconfiado. Um dia resolveu seguir
a mulher até o local de trabalho. Rodou com seu carro velho por umas duas
esquinas e desistiu: Se sua mulher o estivesse traindo, ele teria que sair de
casa e morar sozinho. Longe de seus filhos. É impossível viver longe de seus
filhos! Teria que pagar pensão. Não que ele fosse contra a pensão, mas se ela
fosse a errada porque os filhos teriam que ficar com ela? E porque ele tem que
pagar por isso?
Zé voltou para casa, certo que sua mulher não
o traía. Seria muita desumanidade dela e muita falta de amor aos próprios
filhos. Passou-se dez meses e recebeu a visita da polícia.
- O senhor é seu Zé?
- Sim, sou! O que houve?
- O senhor está preso!
- Sob qual acusação?
- Lenocínio!... O senhor é acusado de
explorar sexualmente sua esposa!...
Zé foi preso, pagou fiança e saiu. Procurou
um quartinho para alugar e foi morar sozinho. Arrumou um advogado e enfrentou os
tribunais.
O juiz acatou a alegação da promotoria: O Zé
usava para si o dinheiro da prostituição da mulher e aceitava a condição de gigolô. Ao contrário do que o réu afirma,
por ser o marido da puta em questão, ele tem o DOMINIO DO FATO!
SERÁ QUE FOI JUSTO CONDENAR UM ZÉ, ALEGANDO DOMÍNIO DO FATO, SÓ PORQUE ELE
TEM UMA POSIÇÃO DE MANDO NA FAMÍLIA?
Para
quem não se liga em política: Se o ZÉ GENUÍNO, presidente do PT, ou JOSÉ
DIRCEU, Ministro Chefe da Casa Civil (quase 1º ministro no presidencialismo),
desconfiassem de alguma coisa e fizesse uma auditoria ou investigação para saber se havia pagamento de propinas à parlamentares para votar a favor do governo, haveria
denúncia contra membros importantes do Partido dos Trabalhadores e dos partidos
aliados, tornando-se uma bomba atômica sobre o Governo Lula, inviabilizando-o.
Que motivação teria José Genuíno e José Dirceu para investigar estes fatos? Portando
existe a hipótese de que os dois não tinham o DOMÍNIO DO FATO.
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